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eu me dei conta de quantas
coisas deixamos de fazer,
de curtir, de nos dizer!...
Coisas simples que poderiam
nos fazer mais felizes!
Passear de mãos dadas sob forte chuva,
correr de mãos dadas como dois adolescentes...
Comer pipocas, chocolate,
na cama sobre uma colcha nova...
Fazer guerra de travesseiros
e deixar as penas voarem com o vento...
Ir ao cinema e devorar saquinhos de amendoim,
fazendo aquele barulhinho gostoso...
rac... rac... rac... rac... rac....
Tantas coisas simples e bobas
deixamos de fazer para seguirmos
os preceitos sociais!
Para não estragarmos uma peça nova,
para não sermos considerados malucos,
para não servirmos de má influência para os
filhos.... O que os amigos diriam?
Mas eu preferia ser maluca... doida,
com você ao meu lado, a ser
essa mulher certinha, exemplo de
mãe, de avó... A matriarca!
Querido, espere por mim!
Quando eu aí chegar e você for ao meu encontro
não olhe para os lados... não ouça ninguém....
Vamos nos abraçar bem apertado,
trocar um beijo bem longo e gostoso
e planar no Infinito, fazendo todas as
maluquices que neste plano não pudemos,
para não sermos considerados insanos...
Quando nossas almas estiverem libertas
de quaisquer preconceitos,
voaremos bem alto,
e, depois de nossas travessuras,
olharemos o mundo aqui embaixo,
sem nenhuma saudade, porque finalmente
estaremos livres e juntos...
Para sempre!
Sirley
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