sexta-feira, 16 de março de 2012
Insónia
As horas rodopiaram,
Nas tenazes mãos de insónia,
Esmagando meu sonho e quimera,
O sono não se desenhou,
Por entre a escuridão de breu,
Troquei as voltas caninas…
Mais uma… revira-volta ,
Os carneiros não se acendiam,
No tactear das nuvens do céu!
O orvalho desceu mais cedo,
Lavando meu rosto de medo!
Decidi calcanhar a noite,
Nas ruelas e vielas vazias ,
Como sombras incendiadas,
Única claridade em meu ser!
Lá longe… a estrela incerta,
Tão moribunda quanto eu…
Entrei na intima escuridão,
A que temo… que me arrebata,
Como sinos alardes,
Ensurdecendo todos os sentidos,
Não havia luz em passos voados,
Só sombras gemendo medos,
Perguntei à insónia que me vencia,
Porque me prendes em tuas cordas?
Insinuou-se, riu-se das minhas lágrimas…
Me segredou…
Silencia o violino da tua ilusão,
Foste tu que te-me prendeste ,
Martirizando teu coração!
[Creio que adormeci…
Na ilusão desse pensamento]
C.C.
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