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Quero-te,
sei que me queres,
guardo-te, resguardo-te
prendes-me a ti
ávido de mim
no teu abraço protector,
avarento, carinhoso,
ciumento, dos demais.
Na minha medida,
perfeita para ti,
com a dimensão exacta,
que em ti encaixa,
sou-te do ser,
instantâneo conhecer,
desbravada no querer.
Cravas os teus dedos na minha pele,
encheste-me a boca de mel,
fazes do meu seio alimento
perfeito instrumento
sintonizado no verbo desejar
preso, agregado, no amar.
Fugaz, entras no meu mundo secreto,
vislumbras o teu oásis no deserto,
despertas, desperto.
"Amor..." - sussurras baixinho
em toadas de carinho.
Acomodada, moldada ao teu ser
sem querer saber
de quem passa, e seu dizer
prendo-te, e deixo-me prender.
Maria José Lacerda
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