" SAUDADE "

" SAUDADE "
Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recuar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida. (Pablo Neruda)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Não há desassossego...

Imagem by Peter Gehrke

Não há desassossego quando as tuas mãos me tocam
quando os teus dedos dedilham sons na minha pele
e arrancam melodias que eu nem sabia existirem

Não há desassossego quando me visitas no silêncio da noite

e dormes comigo à cabeceira

Nao há desassossego quando o meu corpo é saudade
e a minha mente um oásis em busca permanente
de alguém sedento como tu...

Apenas há carinho, entrega, emoção
apenas há silêncios que a pele desnuda e faz vibrar
e uma vontade que não se acaba
que não pode acabar
enquanto a gente viver
enquanto a gente se quiser
enquanto a gente se amar....

são reis
20.ago.2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Entendes-me???

Imagem by Dialektus

Procuro as palavras,voam intensamente...solto-as em liberdade...
Sinto-as...sorrio com elas...choro com elas...por vezes oiço-as no silêncio
A minha voz grita sem razão,não quero o que a mente fala, quero o que me canta a alma
Adormeço os olhos, fala a poesia ...sussurra-me um novo começo...
Viajo em mim,toco o que guardei de ti...sinto-te assim no meu jardim

Onde quer que eu esteja, tu estás, não importa aonde
Não sei o que é tempo, errado ou certo, estás sempre perto
Sou noite,sol,sou dia,luar,sou mar,sou doce,sou rio,salgada
Hoje sou paixão...alma viajante...amanhã sou coração
Sou assim...alma errante,nua e sempre apaixonada

Só assim me sei sentir
Não procuro entender-me, entendes-me...

Paula Oz

domingo, 5 de agosto de 2012

Hoje Choro




Imagem by Net


Choro porque despertei
Choro porque acreditei
Choro porque até hoje sonhei
Choro apenas porque te desejei
Choro apenas porque caí em mim

Ninguém é de ninguém
Ninguém é obrigado a ser Feliz
Ninguém é obrigado a Acreditar
Ninguém é obrigado a sonhar

Sonhar a dois
Sonhar que podes ser feliz
Sonhar que és tu
Sonhar apenas alto demais
Sonhar apenas porque acreditamos

Não saber onde parar
Não querer acordar do sonho
Não sentir apenas o que senti
Não ser apenas o que quis ser
Não quereres afinal ser….

Ter medo de sonhar
Ter medo de sofrer
Ter medo de amar
Ter medo apenas de ser
Ter medo somente de um dia chorar de novo
Choro hoje apenas por medo de chorar Um Dia que pode não chegar…

By: Carlos Fonseca

Apenas… Não Sei…



Imagem by Jaroslav Monchak

Sei apenas que me amas
Sei que te quero, só a ti, apenas a ti…
Envolver-te nos meus abraços, num abraço

Profundo, apertado como nunca tiveste
Sincero como sempre desejas-te
Sentires que és única no mundo, que eu sei
Que sinto, que te dou valor, que mereces
Percorrer o teu corpo demoradamente
Com a ponta dos dedos, acaricio-te, Toco-te, sinto-te
Desejas-me tanto como eu a Ti, tens medo
De admitir, de sofrer como antes, amares sem seres amada
Completas-me, completo-te, única no meu mundo apenas
Única no meu caminho, na minha singela existência
Única entre as mulheres, única no meio de milhares
Desejas-te, quiseste, pedis-te quem te fizesse sentir mulher
Medo apenas de perderes o que sempre sonhas-te
Nunca imaginas-te que um dia irias merecer
Mereceste-me, faço por te merecer, preciso apenas
Um sinal teu, uma Luz que me indique o caminho
Uma chama que me oriente, uma simples vela
Acesa no meio de nada, indicando o caminho de tudo
Desacredito, choro, desespero por ti
Movo mundos, subo montanhas, atravesso oceanos
Cruzo galáxias, troco de dimensão
Inutilmente, só existes tu, és única, no teu Ser
Na tua maneira desajeitada de dizeres quero-te
No teu jeito desconcertante de me quereres
Não sei como mais te mostrar isso
Provar-te simplesmente que já gostei de ti
Já te adorei, já te desejei, agora simplesmente
Amo-te…

Carlos Fonseca

ESPERO POR TI…

Imagem by Dialektus

Procuro em vão
Ao longe, dia após dia
Ate onde a vista alcança

Contemplo o mar, as ondas
Percorro o areal com a vista
Na esperança de te ver surgir
Apenas esperança de emergires
Do mar, das dunas, de onde te escondes
A brisa que me sacode a roupa
Que me varre as emoções
Que me perfuma os sentimentos
Cheiro a mar, cheiro a ti
Recordo o sabor do teu ultimo beijo
Salgado, agua a escorrer-te do rosto
Esse sabor que não esqueço
Essa sensação de ti que perdura
Sinto-te no mar, sinto-te nas ondas
Vejo-te na espuma da rebentação
Apenas vejo-te, sinto-te…
Pergunto por ti ás gaivotas, ás estrelas do mar
Aos rochedos que permanecem imóveis
Impassíveis, eles que viram partir tanta gente
Viram regressar algumas
Outras, disseram-lhes adeus para sempre
Partis-te… amarga recordação da despedida
Saudade que ficou, de ti, de mim, de nós..
Levaste-me contigo
Levaste o meu Ser, a minha Alma…
Fiquei vazio apenas, sem cor
Sem vida, vazio de tudo
Cheio de nada, recordações apenas…

Carlos Fonseca

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Amo-te!!!

Imagem by Dialektus


Amo-te do mesmo modo, que a borboleta ama a flor,
onde poisa, cautelosa e leve.
É por isso que os nossos voos são um constante versejar de pétalas,
que rimam com a tua boca de morango,
e o teu corpo de marfim.
Esculpo-te com os meus dedos, breves,
quando regressas,
saudosa,
feita mulher,
só para mim…
Depois, o momento para!
Abre-se a janela do tempo
E a borboleta, cansada,
Pousa uma última vez
Na pétala colorida de cetim.
Amo-te do mesmo modo,
precisamente do mesmo modo,
como me amas a mim…

Magnólia

Não,não!!!!




Não,não me acordes...deixa-me sonhar
Viver aqueles instantes onde o teu toque era sol que me abraçava
Não,quero ficar aqui sem acordar
Nada digas,permite-me ter os olhos adormecidos e seguir sem bússola
Viajar num suspiro sem tempo e pintar o teu sorriso
Ao som dedilhado do amor ouvir-te no meu corpo como uma viola
Sentir-te no meu abrigo
Beijar os teus lábios ainda que em sonhos perdidos
Sim...o teu sussurrar,são palavras que me soam como musica
Danço-as na loucura dos sentidos

Aqui neste tempo encontro a minha liberdade
Estás...sempre em mim,livre para te amar

Não me acordes...deixa-me escrever um poema na magia das estrelas e no sonho ser a poesia que ama,fala e perfuma-te a alma com a flor da alegria

Paula OZ

Imagem by Jaroslav Monchak